Criando um logo para um centro de cultura musical

Entrevista abaixo foi publicada no livro Design Logo volume 2 (Taschen). A inicial T é da entrevistadora e a inicial S é do entrevistado Stefan Sagmeister.

T: Pode descrever o seu trabalho e qual a sua visão para identidade? 
S: Sou um designer gráfico austríaco que gere um gabinete de design em Nova Iorque. Em geral, penso que o branding e sobrevalorizado, que a maioria das agencias internacionais de branding faz poluição visual e que muitos designers de identidade encaram a Constancia com demasiada seriedade.

T: Como e que acha que o seu trabalho pode construir uma identidade forte?
S: Através de idéias inteligente, design competente aplicação determinada.

T: Quais são os pontos-chave a que presta atenção quando inicia um projeto? 
S: O cliente precisa de um novo logotipal identidade? Se precisa,devera esta identidade ser estática ou dinâmica?Quem e o publico? Como poderá destaca-se e maximinizar o seu impacto com menor numero de aplicações?

T:P ode descrever um dos seus projetos mais recentes?
S: Foi-nos pedido que desenvolvemos uma nova identidade visual para casa da musica no porto, um projeto do arquiteto holandês REM Koolhaas.

T: Qual foi o principal que este projeto encerrava, as suas maiores dificuldades? 
S: A nossa intenção inicial era desenhar uma identidade que não se centrasse no edifício. A maiores das identidades de centro musicais com interesse arquitetônico que estudei em todo mundo transformou a arquitetura num logotipo frio e estático,esquecendo o conteúdo musical essencial ao ADN no edifício. Esta intenção revelou-se impossível de concretizar porque, ao estudar a estrutura com maior atenção, percebemos que o próprio edifício e um logotipo. Koolhaas chama a isto a organização de múltiplas camadas de sentidos, o que se traduz como construção de logotipos.

T: Quais foram os pontos altos deste projeto, as melhores soluções que concebeu? 
S: Tentamos evitar mais uma simples representação do edifício, desenvolvendo um sistema em que esta forma reconhecível, única e moderna se transforma como um camaleão de aplicação para aplicação, mudando de meio para meio, com edifício físico a ser a derradeira representação (em resolução muito alta,por assim dizer) de uma longa linha de logotipos. Conseguimos isto através da concepção de um gerador de logotipos casa de musica, uma aplicação informática, criada especificamente para este projeto, ligada a um scanner que, em segundos,transforma qualquer imagem num logotipo casa da musica harmonizado com os restantes.

T: Quais foram as implicações da criação da nova identidade da empresa/marca? 
S: Pretendíamos mostrar os diversos tipos de musica interpretados no mesmo espaço. A casa muda o se caráter de acordo com a musica que a preenche e funciona com as faces de um lado, mostrando as diferentes visões e facetas da musica.

T: Pode falar-nos acerca do fluxa laboral, do tempo gasto nos projetos, das diferentes fase dos projetos.
S: Começamos por nos encontrar com muita gente no porto, desde o presidente ao diretor musical e ao administrador, para ficamos com uma boa idéia acerca do próprio espaço, e estivemos presentes em inúmeros espetáculos. Trabalhamos durante cerca de 12 semanas na apresentação inicial e mais 12 identidade genérica final. Desde então, vários aspectos da identidade necessitaram de alguma atualização.

T: Pode descrever os números de aplicações que criou e por que razão as considerou necessária? 
S: Concebemos varias versões de logotipo, adequando-as sempre exatamente as aplicações porque ambos (o logotipo e a própria aplicação) usam os mesmos dados digitais. Não se desenvolveu apenas um sistema usada como elemento visual primário em todo trabalho publicitário.

T: Que situações correram mal e o que fez para corrigir? 
S: Começamos por apresentar o nosso trabalho ao cliente e depois, parente 600 pessoas, aos cidadãos do porto. Ambas as apresentações correram muito bem. Houve alguns problemas menores relacionados com as identidades secundarias nas foram prontamente solucionados. Perdemos a diretora da marketing Guta Moura Guedes para outra instituição cultural e, como foi ela a promotora original do projeto,perdemos também uma grande amiga da instituição.

T: Pode descrever as particularidades relacionadas com a produção do produto final ou a sua implementação? 
S: A casa da musica contratou dois designers portugueses residentes, Sara Westermann e Andre Cruz, cuja tarefa consiste em ocuparem-se do número inacreditável de elementos de design quotidiano de que o espaço necessita, funcionando igualmente como guardiões internos da nova identidade. Se não se implementar pessoalmente cada aspecto da nova identidade, e preciso aprender a abrir Mão de algumas coisas e a deixá-las como estão.

Fonte: Livro Logo Design, com entrevista de Stefan Sagmeister da Sagmeister Inc.